Brasileiro preso por suspeita de planejar atos terroristas estava em SC
Segurança
há 5 meses
08/11/2023 14h07 - Atualizado em 08/11/2023 14h18
Um dos brasileiros presos nesta quarta-feira (8) por suspeita de planejar atos de terrorismo no Brasil, voltava de Santa Catarina quando foi abordado pela Polícia Federal. A operação, que cumpriu 11 mandados de busca e apreensão, ocorreu em Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. As informações são do g1.
O outro suspeito foi detido no momento em que desembarcava no Aeroporto Internacional de Guarulhos nesta terça-feira (7). As ordens são de prisão temporária para 30 dias. Os dois detidos devem ser ouvidos ainda nesta quarta-feira.
Outras duas ordens de prisão contra dois brasileiros, que estão no Líbano e tem dupla nacionalidade, também foram expedidas. Os nomes foram comunicados à Interpol.
A ação, batizada de “Trapiche”, tem o objetivo de “interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país”. Durante a operação desta quarta, foram apreendidos celulares, computadores, agendas e anotações.
A divisão antiterrorismo da Polícia Federal em Brasília foi alertada para o fato de que brasileiros, vários deles com passagem criminal, estavam sendo aliciados e contratados por comandantes do Hezbollah no Líbano, para promover ataques aqui no Brasil.
As investigações descobriram que alguns destes brasileiros fizeram viagens recentes a Beirute para encontros com o Hezbollah, e definiram valores pela colaboração em atos terroristas, lista de endereços a serem atacados e, ainda, o recrutamento de executores.
Os recrutadores ou possíveis recrutados para esses atos de violência pode responder por crimes que, somados, podem levar a penas de até 15 anos e seis meses de prisão. As condutas são previstas na Lei Antiterrorismo, que são equiparadas a crimes hediondos onde o crime não prescreve e a pena é cumprida, inicialmente, em regime fechado.
Na foto: Militantes do Hezbollah durante funeral em 22 de outubro Majadel, no Líbano, de combatente morto em bombardeio de Israel. — Foto: Hassan Ammar/AP
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