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Setor da construção civil preocupado com aumento de custos causado pelo decreto do Prefeito

Cidades

há 3 anos


15/06/2020 09h47


A decreto municipal 106/2019 do prefeito de Maracajá vem preocupando o setor da construção civil no Vale do Araranguá e sul de Santa Catarina.

Maracajá - O referido decreto proíbe o trânsito de veículos com peso bruto total acima de 10 toneladas, ou seja, carretas e caminhões trucados não podem mais trafegar nas estradas do município de Maracajá. Com isso, o transporte da principal atividade mineradora na localidade passou a ser feito pelas estradas municipais de Balneário Rincão, que aumenta o percurso em quase 30 quilômetros e que também foi proibido por aquele município. “Agora ficamos sem alternativa de trajeto” relatam os caminhoneiros transportadores de areia.

“Uma jazida mineral não pode ser transportada de um local para outro como se fosse o pavilhão de uma fábrica. Se o recurso mineral existe alí, é alí que ele tem que ser explorado” diz Zé Eckert, conselheiro da mineradora. “Eu não posso oferecer aos meus clientes para carregarem na jazida de Araranguá, porque este mineral só existe aqui” finaliza ele.

Trata-se de uma areia com granulometria específica, que preenche os espaços vazios da curva granulométrica na formulação de concretos e principalmente argamassa. Não existe na região outro material que possa substituir, nem tão pouco ser produzido artificialmente a partir da britagem de rochas, relata o engenheiro de uma das concreteiras da região.

O material mais próximo teria que vir da região de Gravatal e Armazém ou a areia do Guaíba em Porto Alegre. Mas qual será o custo disso, quem irá pagar esta conta¿ pergunta o diretor de uma das concreteiras da região.

Esse custo vai ser repassado no preço final do produto e todos irão pagar mais caro por isso. O aumento vai afetar os preços de toda a cadeia produtiva, desde artefatos de cimento, concreto, construtoras e também materiais de construção. A preocupação vem num momento de muitas incertezas na economia do país e muitos apostam na construção civil como um dos principais setores a retomar o crescimento econômico. A pergunta que fica é: será que estamos adiando ainda mais a reabertura de postos de trabalho e castigando a nossa região  que já é conhecida como a mais pobre do Estado? Já se sabe que projetos no setor da construção foram paralisados por conta da pandemia do corona vírus e acredita-se que não é intuito de nenhuma das entidades prejudicar a retomada do crescimento.

O que pedimos é que haja um trajeto liberado e que permita transitar com peso de balança, como nas demais rodovias do estado. O decreto da prefeitura deixa sem alternativa para trafegar com caminhões e carretas. “Entendemos que o prefeito tem suas razões, já que a jazida se localiza no município de Araranguá e o trânsito ocorre dentro de Maracajá. Precisamos nos unir e encontrar uma solução, pois senão toda a população sair perdendo”, finalizam os empresários.

Fonte: jornal Volta Grande

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