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“Ser Pai é ter coragem” Essa frase é de um pai de Sombrio, que ao ficar viúvo cria as duas filhas sozinho.

Cidades

há 4 anos


11/08/2019 08h06 - Atualizado em 11/08/2019 10h13


 

Sombrio - Hoje é dia de homenagear uma pessoa especial na vida de cada um, é dia dos Pais. E cada pai tem o seu próprio jeito, sua história. Mas a do comerciante Oscar Claudino de 57 anos, com certeza merece aplausos. Ele é pai de duas meninas lindas, Jade de 4 anos e Isabelli de 3 anos, até ai parece uma história normal, mas a diferença é que ele cria as meninas sozinho. Isso porque no parto da segunda filha, a esposa teve uma hemorragia e acabou não resistindo, deixando para ele a responsabilidade de criar duas meninas, uma de 1 ano de idade e a outra que havia acabado de nascer.

Ele, é natural de Jacinto Machado, mas desde criança cresceu em Sombrio, onde reside até hoje com as filhas. Segundo Oscar, a esposa dele havia ido uma semana antes do dia do parto para Porto Alegre pois estava preocupada com a menina, e como estava tudo correndo bem, teve uma gestação normal, saudável e tranquila, ela foi sozinha ficou hospedada na casa de uma tia e só avisou o dia do parto ao esposo, que nem se preocupou, e iria para Porto Alegre somente quando elas recebessem alta pra voltar para casa. Mas após o parto a situação dela se complicou, foram feitas cirurgias de emergência, transfusão de sangue, mas ela não resistiu e veio a óbito um dia depois de dar a luz. E ele ficou com a responsabilidade de criar as meninas, e foi ai que tudo mudou. “De lá pra cá, minha vida se transformou em correria, pois crio elas sozinho. Hoje eu olho pra trás e digo que sou um homem de coragem. A minha rotina inteira mudou. Acordo cedo, arrumo elas, levo pra creche, a tarde pego na creche, levo pra casa, dou banho, faço janta, lavo roupa, e assim vai se passando os dias em nossa rotina. Não me arrependo, assumiria esse compromisso quantas vezes fosse preciso, devo isso a minha esposa. Mas se eu disser que é fácil, vou estar mentindo” Explica Oscar.

Ele fala da esposa com lágrima nos olhos da esposa Sirlei Teixeira, que aos 39 anos deixou apenas lembranças. “Ela era minha alma gêmea, sabe quando você conhece alguém que é parceira, e você se sente bem ao lado dessa pessoa? Ela era assim. No começou eu nem queria ter filhos, falei pra ela pra gente viajar, descansar, mas o sonho dela era ter filhos comigo. Uma mulher sempre alegre, estava sempre sorrindo, esbanjando saúde, inclusive trabalhou até os últimos dias da gestação. Ela dizia, estou grávida, não doente” Conta ele.

“Vivo para as minhas filhas”

Ele conta que do primeiro casamento ele teve um filho, que hoje está com 20 anos. “Tive um menino que eu também ajudei a criar, mas é diferente pois qualquer coisa que acontecesse a mãe estava ali, e com elas não, é tudo comigo. Minhas filhas são a lembrança que tenho da minha esposa. São a razão da minha vida, porque eu vivo pra elas. O nome da mais velha nós escolhemos juntos, da mais nova ela escolheu mas em homenagem a ela, eu acrescentei o nome dela, por isso ficou Isabelli Sirlei” Completa.

O comerciante é um pai coruja, que está sempre presente, ajudando e cuidando das filhas com muito zelo. “Cheguei a comprar uma cama, sob medida de 2 metros por 2,20 pra dormir nós três juntinhos. Elas são muito carinhosas e muito apegadas a mim, e isso me dá ainda mais forças para não desistir. Minha irmã de vez em quando ajuda, a dar um banho mais caprichado, arrumar os cabelinho delas, mas a maior parte sou eu que faço” Conclui.

Muito simpático e um pai dedicado ele conta alguns casos que chegam a ser engraçados. “Às vezes vou puxar a chave do bolso e vem um bico, tenho que levar na esportiva e rir, mas não vou dizer que é fácil, porque não é. Mas o amor que elas transmitem recompensa tudo. Por volta das 15h já começo olhar pro relógio pra buscar elas na creche porque já bate a saudade. Eu penso que mãe, já nasce com o dom, e Pai tem que ir aprendendo, mas até agora estou dando conta. Levo elas na capela e mostro a foto da mãe delas e digo que ela está dormindo, mais tarde quando elas entenderem eu explico o que aconteceu” Finaliza o Pai.

Fonte: Mariane Rodrigues

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