Operação contra fraude fiscal no segmento de arroz cumpre quatro mandados de prisão
Segurança
há 2 anos
17/12/2021 16h35 - Atualizado em 17/12/2021 16h37
Quatro mandados de prisão temporária e dez de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Criciúma durante a ‘Operação Oryza’, que investiga fraudes fiscais estruturadas no ramo de arroz em solo catarinense e gaúcho. A operação é movimentada pelo Ministério Público (MP) de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e também envolve o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Receita Estadual e a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) de SC.
De acordo com informações do Ministério Público, a primeira fase da operação gerou R$ 35 milhões em autuações fiscais contra os envolvidos no esquema. Ao todo, estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão temporária.
“Tanto a entidade, quanto os associados, se mantém à disposição para contribuir no que for necessário, entendemos que fatos e práticas isoladas não representam a condução dos negócios de todas as indústrias participantes do SindArroz-SC e da cadeia orizícola no estado catarinense. Acreditamos que quando apurados os fatos, as providências se necessárias serão tomadas de forma justa e trarão transparência, justiça e equilíbrio na concorrência da cadeia, com benefícios para toda a sociedade e toda a cadeia do arroz”, diz a nota encaminhada pelo sindicato.
A operação é movimentada pelo Ministério Público (MP) de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e também envolve o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Receita Estadual e a Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) de SC. De acordo com informações do Ministério Público, a primeira fase gerou R$ 35 milhões em autuações fiscais contra os envolvidos no esquema.
Entenda
O trabalho conjunto realizado entre ambos os Estados possibilitou a identificação do esquema, em que o arroz é retirado do solo gaúcho sem nota fiscal e armazenado em silos próprios em SC para "esquentar" a entrada "fria", sendo que empresas noteiras foram utilizadas para dar aparente origem diversa ao arroz gaúcho recebido sem nota fiscal. Com isso, havia ganho em dobro, com o aproveitamento de crédito de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) fictício e o acobertamento das entradas de arroz do Rio Grande do Sul.
Segundo a apuração, este esquema garante uma grande vantagem perante outras empresas concorrentes no mercado, com a possibilidade de venda de arroz beneficiado por preço mais competitivo, aumentando as vendas e colocando-o em posição de destaque neste segmento, o que se constitui em concorrência desleal.
Atendendo a 6ª Promotoria de Justiça de Criciúma, o judiciário decretou a prisão temporária de quatro pessoas e deferiu 10 mandados de busca e apreensão. No Rio Grande do Sul, a pedido da 5ª Promotoria de Justiça de Combate aos Crimes contra a Ordem Tributária de Porto Alegre foram deferidos 14 mandados de busca e apreensão.
O esquema
O trabalho conjunto realizado entre ambos os Estados possibilitou a identificação do esquema, em que o arroz é retirado do solo gaúcho sem nota fiscal e armazenado em silos próprios em SC para "esquentar" a entrada "fria", sendo que empresas noteiras foram utilizadas para dar aparente origem diversa ao arroz gaúcho recebido sem nota fiscal. Com isso, havia ganho em dobro, com o aproveitamento de crédito de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) fictício e o acobertamento das entradas de arroz do Rio Grande do Sul.
Segundo a apuração, este esquema garante uma grande vantagem perante outras empresas concorrentes no mercado, com a possibilidade de venda de arroz beneficiado por preço mais competitivo, aumentando as vendas e colocando-o em posição de destaque neste segmento, o que se constitui em concorrência desleal.
A operação
O nome Oryza significa arroz em latim. Conforme o Ministério Público, a operação conta com um efetivo de cinco Promotores de Justiça, 39 policiais do Gaeco, 35 auditores fiscais e 12 técnicos tributários, além da colaboração do Instituto Geral de Perícias (IGP). A equipe de Criciúma é formada por 37 agentes do Gaeco, entre policiais civis, militares e rodoviários federais, e 10 auditores fiscais da Fazenda Estadual.
Em Santa Catarina, a 6ª Promotoria de Justiça de Criciúma instaurou investigação a partir de relatórios firmados por auditores fiscais da Fazenda Estadual, dentre eles, Guilherme Gaspar, lotado na gerência regional de Criciúma, que indicavam a prática contumaz de fraudes tributárias por empresa localizada no sul do Estado.
No Rio Grande do Sul, a coordenação dos trabalhos está a cargo da 5ª Promotoria de Justiça de Combate aos Crimes contra a Ordem Tributária de Porto Alegre. No curso da investigação foi verificada, em tese, a prática de ilícitos diversos, tais como crime ambiental, corrupção ativa, estelionato e outros.
Recomendadas
Outras Notícias
Mais lidas do Mês
Utilizamos cookies para sua melhor experiência em nosso website. Ao continuar nesta navegação, consideramos que você aceita esta utilização.
Ok Política de Privacidade
Mais lidas do Mês
(48) 3535-1256
Rua Silvio Boff, 348 Bairro Paraguai
Jacinto Machado/SC - CEP: 88950-000
Copyright 1996 á 2024 - Todos os direitos reservados - Jornal Volta Grande