No início da madrugada desta terça-feira, dia 01, assaltantes fortemente armados sitiaram a cidade de Criciúma, no Sul de Santa Catarina, e explodiram caixa eletrônico de um dos bancos centrais da cidade. Moradores ouviram tiros em diversos bairros de Criciúma.

O Tenente Coronel Cristian Dimitri de Andrade, do 9º BPM classificou a ação como “Novo Cangaço”. “Fazem assaltos simultâneos, atacam quartéis, como atacaram o 9º Batalhão”, ponderou o Major. Para o prefeito Clésio Salvaro, a ação da quadrilha foi muito bem planejada, e o mesmo ainda pediu para que toda população ficasse em casa durante a madrugada.

Reféns

Imagens nas redes sociais mostram pessoas abordadas nas ruas pelos criminosos e feitas reféns. Conforme informação da Rádio Eldorado, as pessoas da imagem, tomadas como reféns, eram trabalhadores do Departamento de Trânsito e Transporte de Criciúma (DTT), que estavam fazendo a pintura de faixas. Eles foram rendidos pelos bandidos, que mandaram que eles ficassem sentados na rua. Eles não foram feridos e foram liberados logo depois.

Tiros foram disparados contra prédios e um motorista, que se deparou com os bandidos, não parou e teve seu carro alvejado. Um policial militar foi atingido no abdômen e está sendo atendido no Hospital Unimed. Os primeiros relatos foram feitos por volta meia-noite, com tiros ouvidos na região central e também no bairro Michel.

Bloqueio de acesso

A PM informou que o grupo incendiou o Túnel do Formigão, na cidade de Tubarão, que dá acesso a Criciúma, para tentar impedir que reforço do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), de Florianópolis, chegasse até o local. Após duas horas de terror, com centenas de tiros disparados para intimidar a polícia e população, a quadrilha iniciou a fuga. Imagens realizadas por moradores mostram 10 veículos em comboio – uma caminhonete, aparentemente com a caçamba cheia de dinheiro – transitando em baixa velocidade por ruas de Criciúma.

A ocorrência que está em andamento mobiliza as Polícias Militar de Criciúma, Araranguá, Içara e Tubarão, como também as Polícias Civil. Reforços também estão vindo de Florianópolis.

Pelas ruas da cidade a quadrilha espalhou artefatos – aparentemente explosivos.