Por volta das 7hs da manhã de um hoje, ouve tumulto, confusão, palavrão, spray de pimenta e bomba para dispersar os funcionários, que bloquearam a entrada da empresa em sinal de protesto na unidade da JBS no centro de Forquilhinha. Coordenados pelo Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Criciúma e Região eles se posicionaram na entrada da empresa, solicitando que os trabalhadores não entrassem para o trabalho, por conta da pandemia do novo coronavírus.

       A Polícia Militar de Forquilhinha foi acionada e, com apoio de uma viatura do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT), tentou dispersar as pessoas aglomeradas. Em determinado momento, prendeu em flagrante uma das lideranças do sindicato, o Vereador e sindicalista Célio Elias, por desobediência e por infringir o decreto do Governo do Estado, datado do último dia 17 de março, que suspende por 30 dias, em todo território catarinense, eventos e reuniões de qualquer natureza, com objetivo de impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa (infração de medida sanitária preventiva).

       Funcionários diziam em voz alta, “não podemos se aglomerar aqui, mas lá dentro podemos ficar, respirando o mesmo ar condicionado. Também somos gente. Se uma loja por pequena que seja não pode abrir, porque nós temos que ficar todos juntos trabalhando?”. Duas pessoas passaram mal por causa do spray de pimenta, uma delas foi socorrida pelo Samu.

      Jornalista do Volta Grande, José Mota Alexandre que fazia reportagem no momento saiu com os olhos ardendo também do spray de pimenta que foi jogado nos funcionários. Perguntado aos um dos policiais, ele respondeu que este povo não pode ficar aglomerado e mandou que os mesmos fossem para suas casas. Até o momento a Direção da JBS não se manifestou sobre o acontecimento.