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Não tinha um cativeiro, a menina ficou presa em porta mala de carros, amarrada, vendada e sem comer
Segurança
Não tinha um cativeiro, a menina ficou presa em porta mala de carros, amarrada, vendada e sem comer
Segurança
há 8 meses
24/08/2023 13h18
Em uma coletiva realizada no fim da manhã desta quinta-feira (24), autoridades Policiais esclareceram algumas questões em relação ao sequestro da menina de 11 anos que reside em Criciúma. De acordo com o delegado Yuri Miqueluzzi, da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma. A menina foi mantida dentro de porta mala de automóveis, amarrado os pés e as mãos, vendada e sem comer. “Apesar de tudo, a menina não sofreu agressão física, foi utilizada fitas lacre para amarrá-la, mas chegou a sofrer ameaça de morte. Mas aparentemente ela não estava abalada psicologicamente e demonstrou uma maturidade e serenidade muito grande o que vai ajudá-la a se recompor desse trauma”, explica o Delegado.
Crime foi articulado
Segundo a polícia, o crime foi muito bem articulado. “Esses criminosos não são aventureiros, nesse tempo fizemos a apreensão de três veículos utilizados na situação. E esses carros foram preparados para isso. Foi uma estrutura organizada. Eles tinham um plano traçado. Os carros foram roubados há 2 meses atrás”, relatou o delegado
Segundo a polícia, a motivação do crime não ficou clara. Ao longo do dia, diversas versões surgiram. Até o momento, a hipótese mais provável é a de obtenção de dinheiro, já que os criminosos pediram cerca de R$ 11 milhões.
Criminosos
Segundo a polícia, ao longo do dia, um advogado criminalista se ofereceu para colaborar fazendo uma interlocução com os criminosos. O profissional se apresentou também como pai de uma coleguinha da escola da vítima. A polícia autorizou, com muita cautela, e ele fez contato com os sequestradores.
No início da madrugada, os criminosos deixaram a menina com as mãos e pés amarrados e vendada à beira de uma estrada em Três Cachoeiras. O advogado pegou a garota e seguiu até o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Araranguá, onde médicos da CCR ViaCosteira, concessionária que administra o trecho, avaliaram a saúde dela.
“Era uma operação muito difícil. Não podíamos correr o risco de uma pessoa largá-la na estrada e outra mal-intencionada capturá-la. É um trabalho silencioso, cirúrgico, para manter a integridade física de quem é mantido refém”, destacou Cruz.
Operação de sucesso
“A operação pode ser considerada um sucesso, tendo em vista que a menina foi resgatada com vida e já temos 1 preso e os outros 4 já identificados, porém não basta identificar, tem que ter indício da autoria, agora é resolver as burocracias para apurar e responsabilizar essas pessoas. Existe a possibilidade de mais pessoas envolvidas, mas ainda estamos investigando. Mas estamos com as investigações muito bem encaminhadas”, finaliza o Delegado.
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