Não haverá lockdown neste momento em Santa Catarina.
Saúde
há 3 anos
18/03/2021 11h29
Um dos encontros mais aguardados foi o do Coes (Centro de Operações de Emergência em Saúde), que foi reativado após determinação da Justiça na ultima segunda-feira (15). O Coes é um colegiado formado por entidades e profissionais de diversas áreas da Saúde.
O grupo de trabalho se reuniu nesta quarta-feira (17) para definir as novas medidas que visam frear o avanço do novo coronavírus. Neste encontro, ficou definido que não haverá lockdown neste momento, em Santa Catarina.
Em contrapartida, o Coes propôs novas ações para deter o contágio no Estado. A proposta agora será encaminhada ao governador Carlos Moisés para deliberação, ainda nesta semana.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, “eventuais medidas pontuais”, com validade para as próximas semanas, serão deliberadas pelo Coes nesta quinta-feira (18), às 14h.
Entre as novas ações recomendadas pelos técnicos estão multas, horários diferenciados e uma atenção ainda maior durante a Páscoa. Foram sugeridos fechamentos mais rígidos para as regiões que se encontram em situação mais graves.
Durante sua fala, o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, explicou a importância da recente criação dos Centros Integrados de Saúde nas regiões Oeste e Grande Florianópolis.
“Estamos trazendo novamente o Centro de Operações de Emergência em Saúde para o debate sobre o cenário da pandemia. Não há mais espaço para discussões políticas e esse não é um fórum para imputar a responsabilidade sobre os gestores sejam eles estaduais ou municipais”, afirmou.
Ainda nesta quarta, os governadores dos três Estados do Sul anunciaram ações conjuntas para enfrentar a Covid-19. Os chefes do Executivo decidiram aumentar a integração entre os sistemas de regulação e a coordenação da compra de insumos por conta do momento crítico da pandemia.
Entre as ações discutidas ficou decidido a compra articulada de insumos, medicamentos, manejo interestadual de equipamentos, além da transferência de pacientes.
“Os estados podem comprar e ceder aos estados vizinhos o que estiver faltando nas unidades hospitalares, até porque a gestão é bastante complexa. Lidamos com hospitais públicos, particulares e filantrópicos”, afirmou Moisés.
O catarinense ainda afirmou que a situação da falta de cilindros de oxigênio em Santa Catarina preocupa.
“Nós temos escassez de cilindros no mercado e nas unidades hospitalares. Portanto, nos Estados onde não esteja tensionado, é necessário fazer uma logística integrada em que esses cilindros possam ser disponibilizados aqui para Santa Catarina, para o Paraná e para o Rio Grande do Sul”, disse.
Os gestores admitiram o colapso no sistema de saúde da região Sul do país, porém, eles têm a expectativa de estabilização da doença nas próximas semanas.
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