Estado - A Polícia Civil de Santa Catarina está em greve até amanhã (sexta-feira). A decisão foi tomada em assembleia, após o governador Raimundo Colombo não dar retorno quanto às reivindicações da categoria no prazo definido. Uma reunião em Florianópolis, ontem, entre representantes do Sinpol (Sindicato de Polícia de Santa Catarina), Adepol (Associação dos Delegados de Polícia de Santa Catarina) e Sintrasp (Sindicato dos Trabalhadores em Segurança Pública de Santa Catarina) definirá como será organizada a paralisação. “Nós ainda aguardamos a resposta do governador”, afirma o presidente da Adepol, Renato Hendges. Segundo ele, “a paralisação será organizada de forma que a sociedade não seja prejudicada”.

Dados incompatíveis com a realidade

Entre as reivindicações da Polícia Civil do Estado, a principal é que os trabalhadores tenham melhores condições de salário, que não é reajustado há 13 anos. O atual salário base da polícia é de R$ 781,82.
Além disso, pede-se aumento de efetivos. De acordo com o Sinpol, em 1986 o Estado reunia 3.300 policiais para uma população de dois milhões de habitantes. Hoje, o número diminuiu para 3.198 e os catarinenses somam seis milhões. A criminalidade no Estado aumentou 300% nesse período.
A cada mês, cinco policiais pedem exoneração da Polícia para ingressarem em outros concursos - uma média de 60 por ano. O Estado perde 240 profissionais a cada quatro anos e soma um prejuízo de R$ 2,4 milhões, valor gasto com os cursos de formação.
Governador Raimundo Colombo deverá anunciar nas próximas horas uma proposta para a categoria, o que vai por fim a greve dos policiais civis.
Já os policiais militares e bombeiros também reivindicam aumento salarial, eles querem, além da correção salarial a aplicação do plano de carreira através do preenchimento de vagos de cabos e sargentos e outros itens.